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Disfunção erétil e obesidade

A elevação das taxas de obesidade em todo o mundo está relacionada diretamente ao aumento do consumo de medicamentos para disfunção erétil. Esta é a conclusão de especialistas que relacionam as alterações hormonais provocadas pela obesidade, que comprometem o equilíbrio do corpo humano. O aumento da infertilidade masculina é diretamente proporcional a obesidade, sendo que a cada 9 kg acima do peso aumenta-se 10% o risco de infertilidade. Estudos mostram que homens com IMC acima de 30 kg/m² tem menor concentração seminal e homens com circunferência abdominal acima de 94 tem maior dificuldade em ter ereção.

Disfunção erétil e impotência são sinônimos, e a obesidade quando associada a comorbidades como o diabetes melittus, hipertensão arterial, dislipidemia, apnéia do sono, torna a infertilidade e impotência ainda mais graves. A Impotência, a infertilidade e a obesidade pode agravar o quadro depressivo, favorecendo o aumento ainda maior de peso.

A insuficiência vascular que reduz o fluxo sanguíneo peniano, a redução da Testosterona (hormônio masculino) e o aumento do Estradiol (hormônio feminino) pelo tecido adiposo hipertrofiado são condições relacionadas à disfunção erétil. O tecido adiposo hipertrofiado dos obesos produz uma excessiva quantidade da substância conhecida como leptina, que tem por finalidade sinalizar ao cérebro a saciedade produzida pelo alimento.

Esta substância também estimula os hormônios sexuais na glândula hipófise, FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante), responsáveis por comandar as células dos testículos a produzirem espermatozoides e testosterona, respectivamente. O desbalanço hormonal é proporcionado pelo aumento de células adiposas, elevação do nível de insulina, diminuição da relação entre os hormônios FSH/LH, diminuição da Inibina (proteína produzida no testículo) e diminuição dos níveis de SHBG (proteína produzida pelo fígado carreadora da Testosterona).

Conclusão: O ganho exagerado de tecido adiposo provoca desequilíbrio do eixo Testosterona e na formação de Espermatozóides. A correção hormonal é possível, porém não resolve a obesidade. As modificações são reversíveis mediante controle do peso, diminuição da gordura abdominal e melhoria da qualidade de vida.

 

Dr. Ricardo Fernandes

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