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Obesidade e Problemas Respiratórios

A obesidade causa diversas complicações metabólicas e cardiovasculares resultando em problemas respiratórios. E são múltiplas as causas desse distúrbio tão frequente nos obesos.  O excesso de peso, com gordura acumulada no tórax e na área abdominal, gera uma maior pressão externa sobre a caixa torácica (que envolve os pulmões). Dessa forma ela não consegue expandir de maneira adequada, acarretando uma dificuldade mecânica dos pulmões para conseguir aporte de oxigênio. As repercussões funcionais respiratórias observadas em obesos são diretamente proporcionais ao grau de obesidade.

Obesos tem a produção de substâncias pró inflamatórias aumentada, facilitando frequentemente o surgimento da asma. Acredita-se, inclusive, que 90% dos asmáticos tem associação direta com a obesidade. E são essas pessoas que apresentam crises mais graves e possuem um índice maior de visitas à emergência. Além disso, a asma e a obesidade estão entre as maiores causas de morbidade na infância e adolescência.

Cerca de 20 a 25% dos obesos tem associação com a apnéia do sono, distúrbio decorrente de parada momentânea da respiração ou de processo respiratório muito superficial durante o sono, resultando em roncos e descanso pouco relaxante, não permitindo uma adequada recuperação de energia. Além disso a apnéia desrregula as funções cerebrais que controlam a saciedade do indivíduo, por isso uma pessoa que tem apnéia tem também dificuldade para emagrecer, já que o cérebro não oxigena de forma adequada e a pessoa sente muita fome constantemente.

Diante do exposto fica fácil entender como a associação entre obesidade e problemas respiratórios pode ser tão perigosa.  Por isso é muito frequente o pedido de uma avaliação do Pneumologista e/ou de um exame de polissonografia antes da realização de uma cirurgia bariátrica.

Dr. Aline Biral Zanon 

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