Uma das maiores preocupações de familiares e pacientes que serão submetidos a cirurgia bariátrica é quanto ao risco do procedimento. O Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias bariátricas no mundo e as taxas de mortalidade são baixas, comparáveis a um parto cesárea e uma cirurgia de vesícula, ou seja, as complicações são muito raras.
Atualmente, cirurgias são cada vez menos invasivas, realizadas através de pequenas incisões com equipamentos tecnologicamente avançados como monitores de altíssima resolução, grampeadores inteligentes, bisturis ultrassônicos, braços robóticos entre outros.
Vale ressaltar que a segurança e a eficácia da operação não dependem apenas do cirurgião. O procedimento não deve ser entendido apenas como uma cirurgia. É necessário entender todo o programa, todo o processo, que envolve o pré-operatório: seleção do paciente, acompanhamento com equipe multidisciplinar, explicação de técnicas e riscos, eventual perda de peso para melhora das condições cirúrgicas e o acompanhamento pós-operatório. Todos os profissionais envolvidos são importantes no resultado final, mas a peça principal é o paciente. É papel do cirurgião passar ao paciente que a obesidade é uma doença crônica aonde a cirurgia é uma ferramenta potente mas que o tratamento é compartilhado sendo o engajamento do paciente fundamental para resultar em uma cirurgia segura e efetiva.
Os programas de treinamento desenvolvidos pelas sociedades médicas trouxeram aperfeiçoamento e qualificação aos profissionais de saúde, incluindo os cuidados no pré e pós-operatório, refletindo também na segurança do procedimento. A literatura médica relata os riscos de óbito em decorrência da cirurgia bariátrica são de 0,2%. É raro, mas pode acontecer. Em questões práticas significa que menos que dois em cada mil pacientes operados podem ter um desfecho negativo.
Muitas pessoas cometem o erro de condenar a cirurgia bariátrica porque não consideram a obesidade uma doença, como o câncer. Quando você morre por complicações de uma cirurgia feita para tratar um câncer, ninguém culpa o procedimento, mas a doença. O paciente portador de obesidade possui uma doença grave que não tratada pode levar a diversos negativos como: câncer, hipertensão, diabetes, infarto entre outros. Cuide-se!!