Você está visualizando atualmente Transformando Sleeve em Bypass Gastrico para melhora do Refluxo

Transformando Sleeve em Bypass Gastrico para melhora do Refluxo

A Gastrectomia Vertical ou Sleeve é uma técnica que vem ganhando espaço nos tipos de cirurgia bariátrica sendo atualmente a segunda técnica mais realizada no Brasil com bons resultados. Consiste na remoção de 70% a 80% do estômago original, o que restringirá a ingestão alimentar. Diferente do Bypass Gástrico não ocorre o “desvio intestinal” evitando assim a exclusão do duodeno do trânsito alimentar, diminuindo a interferência no sítio de absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B diminuindo as necessidades do uso de vitaminas em longo prazo.

Por esse é outros motivos é um procedimento que vem sendo muito procurado no consultório. Apesar de levar a uma perda de peso semelhante ao Bypass (35% do peso inicial do Sleeve contra 40% do Bypass) sabe-se que muitos pacientes (alguns estudos falam em 31% dos operados) podem apresentar refluxo gastroesofágico severo requerendo uso crônico de medicação. Por esse motivo idealmente não deve ser indicada a Gastrectomia Vertical para pacientes que apresentem diagnóstico pré-operatório de doença do refluxo.

O surgimento do refluxo no pós-operatório está associado ao aumento da pressão dentro do estômago, o que leva a um aumento nos episódios de refluxo gastroesofágico (RGE) e perda dos mecanismos antirrefluxo. Vale lembrar que refluxo severo pode levar a Esôfago de Barrett que é uma lesão pré-cancerígena.

Para pacientes que apresentam refluxo gastroesofágico com sintomas após a cirurgia e que fazem uso de medicação de rotina a cirurgia revisional pode estar indicada. Nesse caso a cirurgia revisional recomendada seria a transformação do Sleeve para Bypass (foto abaixo). O desvio intestinal e a redução da pressão do estômago no Bypass levam a uma melhora significativa do refluxo com melhora da qualidade de vida desses pacientes.

transformação do Sleeve para Bypass

A avaliação pré-operatória pormenorizada e a discussão da técnica cirúrgica são fundamentais, não existindo melhor cirurgia para o tratamento da obesidade, e sim o procedimento adequado e individualizado para cada paciente.

 

Dr. Felipe Rossi

Deixe um comentário